Cooperativismo de crédito. Já pensou em ser sócio?

Você já pensou em ser sócio de um banco? Pois é, no cooperativismo de crédito é assim que funciona, você é sócio com direito a voto e participação nos resultados.

Destacando-se com exemplo do conceito contemporâneo de economia colaborativa, o Cooperativismo de Crédito é uma associação de pessoas com objetivos comuns de ajuda mútua por meio da administração de seus recursos financeiros. Numa cooperativa de crédito todos são sócios, inexistindo a figura do cliente.

O objetivo da cooperativa de crédito é oferecer operações de crédito e a prestação de serviços de natureza bancária a seus associados, (sócios) com condições mais favoráveis. Como as cooperativas não têm fins lucrativos, os seus serviços, incluindo o crédito, são mais baratos. Se ainda assim a cooperativa gerar lucro (legalmente denominado de sobras) durante o exercício, essas sobras serão distribuídas entre os sócios (cooperados) na proporção da contribuição de cada um para o resultado.

No Brasil as cooperativas de crédito são equiparadas às instituições financeiras (Lei nº 4.595) e reguladas por legislação própria, a Lei 5.764/71 e a Lei Complementar 130/2009. Para abrir uma cooperativa é necessária a autorização do Banco Central do Brasil.

Segundo o Banco Central, 42% dos cooperados operam exclusivamente com as suas cooperativas, ou seja, são 100% fidelizados, comprovando que o sistema preenche satisfatoriamente as necessidades de serviços bancários.

Atualmente é possível escolher entre mais de 100 bancos atuando no Brasil. Na França e Alemanha o cooperativismo de crédito é o protagonista entre todas as instituições financeiras. No Brasil, as mais de 1.400 cooperativas existentes administram cerca de US$ 16 bilhões de ativos e possui quase 4 milhões de associados. No entanto, a participação de mercado das cooperativas é de apenas 3% do total, indicando um enorme potencial de crescimento.

Num mundo em que o marketing de relacionamento, a economia compartilhada e os produtos de nicho são as palavras de ordem, o cooperativismo sobressai como o único que reúne todos esses atributos. Nesse sentido, as cooperativas de segmentos surgem como a grande alternativa à massificação dos bancos. Um bom exemplo é a Secovicred, a cooperativa das empresas e profissionais do mercado imobiliário, existente em Belo Horizonte e Goiânia. Com produtos desenhados especialmente para esse mercado, vem conseguindo conquistar a preferência daqueles que buscam serviços mais elaborados e profissionais que entendem as especificidades desse mercado.

Da próxima vez que você pensar em mercado financeiro, considere a possiblidade de ser sócio do seu banco.

 

Ariano Cavalcanti de Paula